Texto base: "Composição tipológica de textos como atividade de formulação
textual" (TRAVAGLIA, Luiz Carlos, 2002)[1]
Tipologia textual é a forma de se organizar o texto, e o autor nos traz justamente as "ferramentas" para que os escritores possam aplica-las de forma que o leitor entenda o conteúdo de forma espessa.
Tipologia textual é a forma de se organizar o texto, e o autor nos traz justamente as "ferramentas" para que os escritores possam aplica-las de forma que o leitor entenda o conteúdo de forma espessa.
Na formulação textual, a seleção
advém de determinados tipos de texto, que por sua vez, determina
procedimentos do escrito, tais como: a) seleção e organização de
informações, inclusive sua distribuição por categoria ou partes da
superestrutura (alguns funcionam mais e outros menos); b) a constituição da
superestrutura do texto; c) a composição da sequência linguística.
Quando o texto combina as suas
informações, se torna coerente. Na sua formulação o autor tem uma finalidade
comunicativa, e espera que ao final da leitura o leitor receba a
"mensagem" de forma eficaz; Além de organizar as ideias, é importante
se atentar a ordem, visto que, afetará diretamente no objetivo do
autor. As palavras e frases servirão de veículo para que o texto caminhe ao
nível micro, e ao nível fonológico, morfológico, sintático, semântico e
pragmático.
Dentro da tipologia textual,
existem os gêneros e os subtipos. Os elementos tipológicos sobredeterminam ou
determinam, basicamente, os seguintes aspectos na formulação de um texto: a) a
seleção de informações de uma dada natureza para constituir o texto; b) sua
"superestrutura"; c) elementos composicionais de formulação da
sequência linguística, advindo de correlação entre marcas e propriedades
próprias do elemento tipológico.
O presente texto aborda a
primeira "camada", proposta por Travaglia (2001), composta por quatro
elementos tipológicos: descrição, narração, dissertação e condicionalide. Como
um tipo pode apresentar subtipos e gêneros, também estes podem ter influência
na natureza das informações escolhidas para formular o texto.
Assim, se tivermos uma narração
do subtipo "história", os episódios precisam ser ordenáveis no tempo
do mundo real, caminhando em seu conjunto para um determinado fim ou episódio
desfecho que encerra a série, todavia, se tivermos uma narração do subtipo
"não história", os episódios não precisam ser encadeados no
tempo em direção a um fim, mas devem ser vistos como constituindo um
grande episódio. Isto é o que acontece, por exemplo, no gênero "ata"
que é subtipo "não história" do tipo narração.
Em segundo lugar, quanto à
constituição/formulação de uma estrutura esquemática ou
"superestrutura", o que mais observa é que dentro de uma determinada
cultura dominada o texto de dado tipo só funciona se for formulado de modo a
reproduzir este esquema básico.
Alguns tipos de
texto possuem outros aspectos a essa superestrutura, podendo integrar aspectos
de tipologias diferentes, que não necessariamente são pertencentes a essa
estrutura.
No caso da narração
temos a orientação o anúncio, resumo, a complicação, a resolução, o resultado.
A falta desses elementos geram problemas.
Não existem características
exclusivas de um tipo de texto, os aspectos que são característicos em um, podem
ser encontrados em outro, podendo identificar seu gênero dos vários aspectos.
A forma narrativa
separa-se em duas formas: o mundo comentado e o mundo caracterizado por tempos
verbais.
Para Travaglia, o
uso dos tipos verbais, situações, formas e categorias trazem marcos linguístico.
Características
dos quatro elementos tipológicos:
1. Textos descritivos: trás
verbos dinâmicos, verbos de ligação, frases nominais, verbos ligados à visão, a
descrição é dada pela relação tempo referencial e o da enunciação.
2. Textos dissertativos: muitos
verbos gramaticais, ordenadores textuais, expressões, verbos dinâmicos,
estáticos e gramaticais, verbos referenciam o ser pensante, aspecto
imperfectivo, traz certeza, probabilidade e possibilidade, tem todos os tempos
verbais, mas é predominantemente atemporal.
3. Textos injuntivos: tem
modalidades imperativas contem versos dinâmicos aparecem verbos ligados à
execução de ações, não se atualiza o aspecto, só é possível em modalidade
imperativas, tempo característico é o futuro.
4. Texto narrativo: marcadores
sociais e auxiliadores aspectuais, verbos dinâmicos verbos enunciativos de
contar e assistir, aspectos perfectivos, modalidades característicos: certeza e
probabilidade, o tempo de perda da relação entre o tempo referencial e o das
enunciações.
[1] TRAVAGLIA, Luiz
Carlos . Composição tipológica de textos como atividade de
formulação textual (2002). Revista do GELNE, Fortaleza, v. 4, n.
1/2, p. 32‐37, 2005. ISSN/ISBN: 15177874.
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