sexta-feira, 22 de maio de 2020

Análise de discurso


Texto base: Eni P. Orland - Análise de Discurso - Capítulo 1, páginas 11-22 – lido em aula e trabalho com o professor. (ORLANDI, 2003)[1]
Entre as várias maneiras de estudar linguagem, podemos citar: a gramática e a própria língua (concentrando-se em seus signos), como as mais usuais, no entanto, devemos levar em consideração que os significados das palavras se alteram com o decorrer dos anos inclusive a própria palavra “gramática” e “língua”. Pensando nessas inúmeras maneiras de significar, os estudiosos passaram a se interessar pela linguagem de forma especifica e assim surge a “Análise do Discurso”.
O termo “discurso”, etimologicamente, surge de curso ou percurso e, embora a análise do discurso englobe a gramática e a língua, não trabalha ambas isoladamente, mas sim como parte de um todo, percebendo a linguagem de forma prática, analisando suas alterações de acordo com época, ambiente e contexto. Então podemos compreender a língua como parte do homem social e historicamente, conhecendo o que o torna especial, capaz de “significar e significar-se”.
O discurso situado em um determinado contexto carrega suas definições anteriores bem como as da época em que estão inseridas essas definições, devem ser levadas em consideração ao analisarmos o discurso, avaliando as intenções por trás das falas e seus nexos causais.
Com a Análise do discurso encontramos de onde vêm determinados princípios de argumentos, que foram moldando-se de acordo com eventos e necessidades de novas épocas e pessoas, e que trazem cargas de sentido para as atuais visões de mundo, e essas por sua vez serão mutadas para se encaixarem às ideologias das sociedades futuramente.
Para compreendermos a análise discurso precisamos olhá-lo abrangente e, ainda sim, especificamente, para podermos analisar a fala, citação, argumento ou ideologia de forma a considerar tudo o que os entremeia, afunilando seus conceitos até chegar aos teus objetivos atuais.
Autor estudado:
Ferdinand de Saussurre (1916) foi o fundador da linguística moderna, tomou o conceito do homem construído a partir dos estatutos da física e da biologia como fator de diferenciação entre Antropologia (física) e a Linguística.
O paradigma era um norte para os estudos na época, pois, carecia de objetividade e a língua era vista em seu aspecto geral, a norma (como a língua é usada no meio) e a fala (nível de uso e discurso).
A análise do discurso é a busca pelo sentido, e a linguagem é vista como mediação, pois, abriga um conjunto de possibilidades. 
A ideologia pode ser analisada na linguagem através de pesquisas, questionários, gravações, etc. Todo sujeito recebe uma "carga" ao longo de sua história (internalizada de discurso), por exemplo, quando alguém fala sobre discurso sem ideologia, ou não sabe o que é, ou não abre mão do seu. Isso se dá pela sua espessura e histórica semântica.
Entretanto, o sujeito da linguagem é descentralizado, comunica, mas leva coisas que não fazem parte do texto, e muito do que falamos serve para estabelecer relações e não sentido.


[1] ORLANDI, Eni p. Análise de discurso princípios e procedimentos. Campinas, SP: Pontes, [1999], 2005a.

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