sexta-feira, 22 de maio de 2020

Coesão e Coerência Textual


Texto base: "Coesão e Coerência" (L.L.Fávero, 2003)[1]
Na coesão referencial, são usadas as pró-formas: pronominais (ele, ela), verbais (ser- verbo de estado, fazer- verbo de ação), numerais; e funções pró-sintagma (troca a palavra por palavra), pro-constituinte (troca de expressão por uma palavra) ou pró-oração (a palavra substitui uma oração inteira).
Há também algumas técnicas de retomada de referência, que pode ser feita através de reiteração (repetição), por sinônimos (palavras próximas), hiperônimos (expressões do maior para o menor), hipônimos (menor para o maior) e expressões nominais definidas, por exemplo, "Os Beatles" que ficaram conhecidos como os quatro cabeludos.
Coerência recorrencial é a repetição de termos, paralelismo (organização que se repete) e paráfrase (repetição da ideia). Os recursos fonológicos em geral se referem ao som, quando se repete alguma sonoridade e é mais comum na poesia. Recursos segmentais são as repetições morfológicas, e suprassegmentais, é aquilo que vai além da palavra. O ritmo é um recurso que ganha mais visibilidade na poesia.
Recorrência sequencial por ordenação e/ou expressão, é a maneira que escolhemos as informações e colocamos em ordem. Outra maneira de se organizar o texto é por meio de partículas temporais (manhã, cedo, tarde) e os tempos verbais (presente, passado, futuro).
Operadores do tipo lógico são expressões, normalmente formados por preposições, advérbio, etc. Fazendo com que as frases se relacionem. Operador de disjunção, por exemplo, preferir chá a café, é uma disjunção lógica (de escolha). Causalidade: causa e consequência. Condicionalidade: depende de uma condição. Mediação, trás a ideia de instrumento e/ou meio. Complementação: é uma junção que ocorre na frase.
A diferença do operador de tipo lógico para operador de discurso acontece uma vez que o primeiro irá agir sob as consequências reais da ação, e o segundo terá uma função interna ou de texto.
Operadores de discurso do tipo conjunção tem a função de juntar as ideias do texto. Disjunção é o que se repete, mas, não implica diretamente na oposição (como no tipo lógico). Contrajunção implica oposição (mas, porém, entretanto, todavia, etc.).



[1] FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. 9. ed. São Paulo: Editora ética, 2003. 102 p.


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